A demissão de ‘moderadores de conteúdo’ teria contribuído para a organização dos protestos
Pesquisadores no Brasil disseram que o Twitter, em particular, é um lugar a ser observado porque é muito usado por um círculo de influenciadores de direita – aliados de Bolsonaro que continuam a promover narrativas de fraude eleitoral. Vários influenciadores tiveram suas contas banidas no Brasil e agora residem nos Estados Unidos. O próprio Bolsonaro estava de férias na Flórida no domingo.
O bilionário Elon Musk, que concluiu a aquisição do Twitter no final de outubro, demitiu todos os funcionários da empresa no Brasil, exceto alguns vendedores, disse uma pessoa familiarizada com as demissões que falou sob condição de anonimato para descrever assuntos delicados. Entre os demitidos no início de novembro estão oito pessoas, residentes em São Paulo, que moderaram o conteúdo da plataforma para capturar postagens que violassem suas regras contra incitação à violência e desinformação, disse a pessoa. A pessoa disse que não estava ciente de nenhuma equipe moderando ativamente o conteúdo de violação de regras no Twitter no Brasil.
As críticas dirigidas especificamente a Alexandre de Moraes, juiz do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal que é desprezado pelos apoiadores de Bolsonaro por impedir que muitos líderes proeminentes de direita postassem online, também se intensificaram desde a eleição, Prado e outros disse.
Pesquisadores brasileiros disseram que entre os apoiadores de Bolsonaro, uma contranarrativa começou a circular no domingo, culpando o governo Lula e pessoas do partido de Lula por se infiltrarem em manifestações pacíficas e democráticas para virar o país contra os apoiadores de Bolsonaro. A contranarrativa também teve ecos da insurreição de 6 de janeiro, na qual muitos apoiadores de Trump culparam ativistas de esquerda pela violência.
Por fim o jornal americano faz críticas ao bilionário americano que já é alvo de perseguição pela imprensa dos Estados Unidos por não ter a intenção de moderar conteúdo nem pra direita nem para a esquerda e isso incomoda a linha progressista que se sente dona do terreno nas redes sociais no mundo inteiro
Com informações: Washington Post