Órgão do Poder Legislativo diz que Ibaneis tem R$ 79 milhões em bens
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O Tribunal de Contas da União (TCU)quer responsabilizar o governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), o ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres e os manifestantes pelos prejuízos causados pela depredação de prédios públicos no último domingo, 8, em Brasília.
O Ministério Público (MP), em parceria com o TCU, solicitou que seja aberta com urgência uma apuração para cobrar dos responsáveis uma reparação financeira pelos prejuízos causados. O pedido do MP foi enviado ao presidente do TCU, Bruno Dantas, e o requerimento está sob responsabilidade da área técnica do Tribunal de Contas. Há um esforço dos órgãos para construir um nexo causal entre a omissão das autoridades e o dano à Praça dos Três Poderes, de modo que o prejuízo seja coberto pelos responsáveis.
Ibaneis foi afastado do cargo por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O governador é suspeito de omissão e de facilitar a entrada nos prédios públicos.
O procurador Lucas Rocha Furtado, do MP, pediu que a Secretaria de Segurança Pública do DF seja intimada para prestar esclarecimentos sobre a inação policial que facilitou a invasão, a ocupação e a depredação do STF, do Planalto e do Congresso.
Ex-comandante preso
Moraes também ordenou, nesta terça-feira, a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal Fabio Augusto Vieira. Ele era responsável pelo comando da corporação no domingo, quando as invasões ocorreram.
O governo federal, integrantes da Polícia Federal e do Judiciário têm creditado à PM do DF a responsabilidade pela invasão da Praça dos três Poderes.
“Havia um efetivo planejado e um efetivo real; em um certo momento, esse efetivo era três ou quatro vezes menor que o planejado”, observou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. “Por que aconteceu isso? Realmente, a cadeia de comando da polícia do DF que vai responder.”
Na segunda-feira 9, Augusto Vieira foi exonerado do comando da PM a pedido do interventor Ricardo Cappelli. Cappelli mencionou a substituição do comando da PM em uma postagem no Twitter, na qual fez um breve balanço das ações na área de segurança pública adotadas desde domingo.
“Em pouco mais de 36 horas, seguindo as orientações do ministro Flávio Dino, desmontamos o acampamento golpista, identificamos e prendemos cerca de mil pessoas que atentaram contra o Estado Democrático de Direito e trocamos o comando da PM no DF. A lei será cumprida”, escreveu.
Revista Oeste