O número de sequestros atingiu o maior patamar em 15 anos no Estado de São Paulo (SP). Um levantamento com os dados foi publicado pelo jornal O Estadão na manhã desta terça-feira (17).
De acordo com o levantamento, foram 165 registros de janeiro a setembro de 2022, ante 160 casos em todo o ano de 2021.
O último pico de sequestros havia sido em 2007, com 323 casos. O índice é maior na capital, com 98 ocorrências no período analisado.
A alta de casos está relacionada ao Pix, de acordo com o levantamento do jornal.
O “Golpe do Amor”, em que a vítima é emboscada após marcar encontro por aplicativo de namoro, corresponde a mais de 90% das investigações.
“Diferentemente do sequestro clássico, que traz mais riscos para o criminoso, esse sequestro em que as vítimas têm de fazer transferências bancárias pelos aplicativos é muito mais seguro e lucrativo [para o bandido]”, disse o pesquisador Alan Fernandes, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ao Estadão.
O total de prisões pela Divisão Antissequestro passou de 138, em 2021, para 303, no ano passado.
O registro de sequestros foi subnotificado em função dos outros tipos de extorsão.
Entre janeiro e setembro de 2022, foram registrados 5 mil casos extorsão no Estado.