A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, precisou devolver quase R$ 25 mil, por despesas em um único posto de gasolina. No ano passado, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) considerou que os gastos no estabelecimento estavam inelegíveis. Dessa forma, os valores teriam de ser devolvidos aos cofres públicos. A Corte aprovou as contas de Daniela com ressalvas. Ela foi eleita deputada federal, em 2022, pelo União Brasil.
Daniela ganhou os holofotes, depois de uma série de reportagens do jornal Folha de S.Paulo, segundo as quais a ministra tem relações com o ex-PM Juracy Prudêncio, o Jura, condenado por homicídio e apontado como chefe de uma milícia na Baixada Fluminense. O homem fez campanha para Daniela. A Folha noticiou que a ministra é próxima da família de “Jura” desde 2018.
Naquele ano, Jura estava preso em regime semiaberto e conseguiu autorização da Justiça para trabalhar fora da cadeia. Ele ganhou o cargo de diretor do Departamento de Ordem Urbana na Prefeitura de Belford Roxo, comandada pelo marido de Daniela, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho. A autorização, contudo, foi suspensa em janeiro de 2020, após irregularidades.
A ministra do Turismo também teve apoio da mulher de Jura, a ex-vereadora Giane Prudêncio, nas eleições de 2018 e do ano passado.
A assessoria da ministra comunicou que Daniela recebeu apoio político em diversos municípios nas eleições de 2018, e que não tem relação com nomeações feitas na prefeitura. “Ela ressalta que o apoio político não significa compactuar com qualquer apoiador que porventura tenha cometido algum ato ilícito”, informou o documento. “Compete à Justiça julgar quem comete possíveis crimes.”
Revista Oeste