Os atos de vandalismo injustificáveis e chamados de terroristas no último dia 8, foram planejados e arquitetadas, segundo o governo Lula, em um endereço, o acampamento bolsonarista em frente ao QG do Exército e pessoas que estavam no local foram presas logo após os ataques as instituições que representam os poderes da República.
Porém, a própria esquerda já fez movimento semelhante e ficaram durante 580 dias, em um acampamento denominado “Vigília Lula Livre”, a reuniao de militantes era em frente à sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, segundo relatos da época, trouxe transtornos a instituição além da vizinhança que ficou sem sossego nesse periodo.
Respeitando o direito de manifestação, os militantes pró-Lula não foram molestados e ficaram até o último dia de prisão do hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O local que com o decorrer do tempo se transformou em centro de reuniões pró-Lula, recebeu o ex-presidente assim que ele deixou a prisão.
A rotina do acampamento criou dificuldades para a vizinhança, principalmente para entrar e sair de casa e a poluição sonora e ambiental estavam entre as principais reclamações.
O acampamento pró-Lula foi montado nas imediações da sede da Polícia Federal no bairro Santa Cândida, em Curitiba, os moradores da Rua Guilherme Matter tiveram a rotina afetada. A dificuldade para entrar e sair de casa e a poluição sonora e ambiental eram tidas como insuportáveis.
Alguns relatos da época ao site Bandab, mostram a insatisfação dos moradores da área:
A dona de casa Simone Marques, de 40 anos, mora na região com o filho e o marido. Segundo ela, os dias têm sido bastante complicados desde a montagem do acampamento. “Está sendo horrível. Agora, por exemplo, eles estão tocando tambor e não dá para aguentar. Não dá mais vontade nem de sair de casa, porque a gente tem que dar satisfação para os guardas na saída e na chegada”, disse em entrevista à Banda B nesta quarta-feira (11).
Ela ainda afirmou que os manifestantes estão causando muita bagunça no local. “Eles montaram uma cozinha em um terreno baldio aqui na frente. Isso se tornou um incômodo, começou até a aparecer rato na minha casa, problema que nunca tive antes”, completou.
Simone defende que o único jeito da vida voltar ao normal é retirando as pessoas das ruas. “Espero que a prefeitura tome providências, para que nós possamos fazer as nossas coisas como sempre. Você está limpando a casa, ou realizando outra atividade, e eles ficam te olhando”.
Morador na mesma rua, o diretor administrativo Fabiano Claudio Mocelin, de 41 anos, também reclamou dos transtornos que a manifestação causa na região. “A nossa rotina foi bastante prejudicada. Nós temos crianças para levar e trazer da escola… E é uma baderna, eles nos impedem de ter livre acesso na região. A polícia tenta fazer o trabalho dela, que é excelente, mas o pessoal é muito arruaceiro. Há muitas situações desagradáveis, pessoas andando bêbadas e até mesmo fazendo as necessidades na rua”.
Casado e pai de dois filhos, Fabiano alegou que a Lei do Silêncio não tem sido respeitada pelo grupo. “Tem muita algazarra. Eles desligam o som, mas ouvimos arruaça em outros pontos da região, porque não são todos que respeitam. As ruas estão bem sujas, sem nenhuma manutenção, com cheiro ruim, restos de comida espalhados pelo chão… Até temos medo que apareçam mais baratas e ratos aqui”, comentou.
Segundo um sindicalista consultado e que apoiava o acampamento que ele chamava de resistência, era uma luta contra um golpe dado pela justiça para retirar o presidente Lula da disputa eleitoral de 2018. Mais ou menos os mesmos argumentos usados por bolsonaristas que permaneceram em acampamentos na frente de quartéis e que foram presos, segunda a justiça, por incitar e organizar os atos violentos de Brasília em 8 de janeiro.
Alguns militantes de direita falam em 2 pesos e duas medidas contra eles, mas a discussão sobre o direito de livre manifestação e seus limites devem ser debatidos em breve, é o que pensa o Ministro Gilmar Mendes, que em entrevista disse se preocupar com aglomeração volumosa de pessoas, o problema é que esse expediente é usado na maioria das vezes por pessoas da esquerda e será um assunto muito acalorado sobre o assunto.
Com informações: bandab.com.br