A Federação Brasil da Esperança no Paraná, composta pelo PT, PCdoB e PV, ajuizou uma representação eleitoral, com pedido de cassação do mandato, contra o deputado federal e ex-procurador Deltan Dallagnol(Podemos). A ação pede a investigação de possíveis condutas ilegais, relativas à arrecadação e gastos de recursos públicos na campanha eleitoral.
Segundo a federação, entre fevereiro e julho de 2022, um ex-assessor de Deltan no Ministério Público Federal, recebeu cerca R$ 100 mil do Podemos para uma consultoria política, sem contraprestação dos serviços. A petição pede que Deltan comprove os valores e a origem dos recursos usados para custear despesas não contabilizadas na prestação de contas.
De acordo com a ação, a investigação pode revelar o custeio de despesas pessoais e de pré-campanha de Deltan com recursos do fundo partidário. Se admitidas as acusações, Deltan pode ser cassado e ficar inelegível até 2030.
“Queremos transparência”, disse o presidente da federação, deputado Arilson Chiorato (PT), sobre o pedido de cassação. “Se suas contas estiverem de acordo com a lei, não há o que Deltan e seu partido temerem”, acrescentou.
Em nota, o deputado afirmou que a “frágil” ação movida é “puramente especulativa, requentada e vingativa”. Dallagnol observou que os fatos já foram examinados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná em outra ação ajuizada no ano passado. “O tribunal julgou improcedente por unanimidade”, justificou.
Segundo a nota, o TRE “entendeu que a ação era vaga e genérica e que não existem provas de irregularidades na pré-campanha ou na atividade político-partidária do Podemos”.
“A nova ação, que é nova apenas no pedido e não nos fundamentos, requenta, de forma leviana e aloprada, estes mesmos fatos, revelando seu único propósito de continuar aquilo que o PT sempre fez com as autoridades que investigaram e processaram seus crimes: perseguir implacavelmente quem, fazendo o certo, prejudica os interesses do partido”, concluiu.
Com informações da revista Oeste