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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou do formato de cerimônias no Palácio do Planalto ao menos 3 vezes nos últimos dias. A disposição de palco e cadeiras no maior salão do local, conhecido como Salão Nobre, foi alterada depois de uma dessas falas.
Na 4ª feira (18.jan.2023), em ato com sindicalistas no principal salão, Lula disse que era necessária uma caixa de som que permitisse a quem está no palco ouvir os discursos.
O Salão Nobre é para onde leva a famosa rampa que começa do lado externo do palácio. Também abrigou diversas posses de ministros nos primeiros dias do atual governo. A informação é do Poder360.
“Eu queria contar uma história para vocês. Mas antes de contar a história eu queria dar um conselho aos companheiros que montam essa estrutura para a gente fazer essa atividade aqui”, disse ele.
“Eu queria pedir que fosse colocada uma caixa de som para retorno aqui, para que as pessoas que estão aqui escutem o que as pessoas estão falando”, declarou Lula.
Em cerimônias onde há muitos oradores, todos costumam ficar no palco ao mesmo tempo. Levantam-se para discursar no púlpito, mas ouvem as declarações dos outros de cima do palco.
Naquele dia, antes de começar a falar, o presidente foi até o local onde a plateia era mais numerosa para cumprimentar apoiadores.
À frente do palco ficavam as cadeiras de autoridades políticas. À esquerda, as cadeiras dos demais convidados.
“Eu já percebi que fica mais gente para lá [esquerda] e menos gente para cá [frente]. É preciso saber se não tem que fazer o púlpito virado para lá para falar para onde tem mais gente. Porque todo mundo que fala aqui, fala virado para cá, onde tem menos gente”, declarou o presidente.
Na 6ª feira (20.jan.2023), na 1ª solenidade realizada no mesmo espaço depois da fala do presidente, o palco foi girado 90 graus. Quase toda a plateia estava à frente. E havia uma caixa de som virada para o palco para amplificar os discursos naquele sentido.
Tratava-se da solenidade de sanção do projeto que define agentes comunitários e agentes de combate às endemias como profissionais de saúde.
Na 5ª feira (19.jan), em conversa com reitores de universidades e institutos federais, Lula chamou o presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), Ricardo Marcelo Fonseca, para discursar.
Fonseca se levantou no meio da plateia e recebeu um microfone de um funcionário do Planalto. Lula disse para o procedimento ser outro.
“Não, mas tem que vir para frente para as pessoas te verem. Vai falar de costas para os companheiros? Venha para frente”, declarou o presidente.
Essa passagem foi no começo da reunião. No final, o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), discursou. Depois de terminar, passou a palavra para Lula.
O presidente disse, antes de fazer sua fala final no evento: “Vocês perceberam que nós ainda não temos um chefe de cerimonial para anunciar as pessoas. Nós mesmos estamos anunciando aqui.”
A reunião foi realizada em um espaço contíguo ao Salão Nobre, o Salão Oeste.
Na semana anterior, em 12 de janeiro, Lula tomou café da manhã com jornalistas. Havia uma mesa em formato de U. Os jornalistas ficaram nas “pernas” do U, e o presidente, acompanhado de sua mulher, Janja Lula da Silva, e do ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta (PT), ficaram no segmento central.
Quando chegou e viu a disposições dos lugares, o presidente disse, fora do microfone, que a mesa deveria ser quadrada para a distância entre ele e os presentes ser menor. O evento foi realizado no Salão Leste. Todos os espaços mencionados neste texto ficam no 2º andar do Palácio do Planalto.
O cerimonial do Planalto deve passar por mudanças na próxima semana. É aguardado para 3ª feira (24.jan) decreto que formatará diversos órgãos. Hoje, a estrutura é vinculada diretamente à Presidência da República. Deverá passar a ser subordinada à Secretaria de Comunicação.
Créditos: Poder360.