Ao Poder360, candidato à presidência do Senado afirma defender legado que passa por impeachment de Dilma e governo Bolsonaro
Candidato à presidência do Senado, o ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN) disse em entrevista ao Poder360nesta 3ª feira (17.jan.2023) que a campanha à reeleição do atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco(PSD-MG), está “muito afinada” com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva(PT), e isso “preocupa muito”.
“Há uma necessidade de defesa de um legado, e um legado que não é apenas do [ex-]presidente Bolsonaro. É um legado que começa a ser construído no Brasil a partir do afastamento da ex-presidente Dilma em 2016, com a modernização da economia brasileira”, declarou o senador eleito.
Para Marinho, Lula está “preso ao passado e precisa se libertar”. O “passado” que o senador eleito descreve é o de “uma hecatombe econômica, fruto dos equívocos que foram cometidos pelo PT ao longo dos últimos anos, do corporativismo e da corrupção generalizada”.
Quer vença ou não a eleição ao comando do Senado, o ex-ministro do Desenvolvimento Regional do governo de Jair Bolsonaro (PL) disse que não fará oposição “cega” a Lula. Se perder, espera de Rodrigo Pacheco a garantia de espaço proporcional ao tamanho da bancada do PL na Mesa Diretora e nas presidências de comissões.
Além da defesa do que considera o legado econômico dos anos pós-Dilma, Marinho também apresentou como pilar de sua candidatura “o restabelecimento da normalidade democrática” na relação do Poder Legislativo com o STF (Supremo Tribunal Federal).
Ele disse não querer “fulanizar” o debate sobre o que vê como invasão de prerrogativas do Congresso pelo Poder Judiciário no ministro Alexandre de Moraes, alvo preferencial de Bolsonaro e de uma ala de senadores nas críticas a decisões controversas do Supremo.
“Defendo uma posição proativa, de altivez, de defender a condição originária da Constituição brasileira. Isso não significa enfrentamento, significa delimitação de espaços”, declarou.
Marinho classificou os atos de invasão e depredação das sedes dos Três Poderes no 8 de Janeiro como “deploráveis” e defendeu a identificação e punição dos agressores.
Cobrou uma investigação “ampla” e “com isenção”, dizendo que, para além da Polícia Militar do Distrito Federal, o governo federal também dispõe de um aparato de segurança que poderia ter impedido os atos de vandalismo.
Assista à entrevista (44min02s):