Além de vereadora, eleita na capital baiana em 2020, Maria teve outras passagens por governos do PT
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Maria Marighella, vereadora em Salvador pelo Partido dos Trabalhadores, anunciou em suas redes sociais que será a nova presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte). Ela é neta do guerrilheiro comunista Carlos Marighella.
“Neste momento de retomada democrática do nosso país, recebi o convite para assumir a presidência da Fundação Nacional de Artes – Funarte”, publicou nesta terça-feira, 3. Ela teria sido convocada pela própria Ministra da Cultura do governo Lula, Margareth Menezes.
No post, Maria afirma que tem a “tarefa irrefutável de retomar a construção da Política Nacional das Artes” que, segundo a petista, foi “interrompida pelo golpe de 2016” – como se refere ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Além de vereadora eleita na capital baiana em 2020, Maria teve outras passagens por governos do PT, encarregada de formular políticas públicas para a Cultura. Já foi coordenadora da Funarte, anteriormente, além de ter integrado a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult/BA).
Assaltos a bancos e sequestro
Autointitulada “feminista e antirracista”, a nova presidente da Funarte afirma que traz em seu nome “a luta por democracia no Brasil”, e que “tem em seu avô um de seus maiores símbolos”.
Carlos Marighella era militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) até 1967, quando foi expulso da sigla. Atuou em atos de terrorismo durante o período do regime militar. Liderou o grupo armado Aliança Libertadora Nacional (ALN), envolvido em diversos assaltos a banco e também no sequestro do embaixador americano Charles Elbrick, em 1969.
Em 2012, o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anistiou oficialmente o guerrilheiro, em portaria publicada no Diário Oficial da União.