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A senadora Mara Gabrilli disse, neste domingo (29.jan.2023), que o PSDB virou um “nanico moral” e que suas “inspirações não estão mais próximas do cotidiano do partido”. Gabrilli trocou a sigla pelo PSD de Gilberto Kassab.
“Nunca nem pensei em me filiar a outro [partido], sempre fui do PSDB. Todas as minhas inspirações não estão mais próximas do cotidiano do partido”, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Sem Gabrilli, o PSDB passa a ter 3 senadores.
A senadora afirmou ficar “bastante decepcionada” com a distribuição de recursos para mulheres. “Vi candidatas desistindo”, afirmou. Segundo Gabrilli, os motivos vão desde o machismo estrutural do mundo político à centralização de recursos pelo então presidente da sigla, Bruno Araújo.
O PSD está na base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 3 ministérios: Agricultura, Minas e Energia e Pesca.
“Estou confortável comigo mesma. O Brasil sabe dos meus embates com o PT e com o Lula. Mas estamos num momento em que precisamos de pacificação. Não interessa o que eu sinto ou não pelo Lula. Sempre me relacionei bem com todos os partidos do Congresso”, disse.
Gabrilli foi candidata à vice-presidência na chapa de Simone Tebet (MDB), hoje ministra de Lula. Elas tiveram 4,16% dos votos válidos no 1º turno.
Na campanha, Gabrilli deu uma entrevista à emissora Jovem Pan em que afirmava que Lula havia pagado para evitar associação ao assassinato do prefeito de Santo André em 2002, Celso Daniel. A Justiça Eleitoral mandou apagar os vídeos.
No sábado (28.jan), Mara encontrou com o senador José Serra (PSDB), cujo mandato se encerra dia 1º de fevereiro, e com Gilberto Kassab (PSD). “Serra e Kassab foram os maiores impulsionadores de minha trajetória”, disse em suas redes sociais.
“BASE DO PT”
Mesmo sem ter sido citado nominalmente por Gabrilli na entrevista, o ex-presidente do PSDB, Bruno Araújo, criticou a senadora e afirmou que ela entrou em “contradição a sua história” e agora passa a “fazer parte da base de apoio do PT”. A fala também foi em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Araújo, que deixou o comando do partido recentemente, questionou ainda a fala de Gabrilli sobre a distribuição de recursos dentro do partido e disse que ela “recebeu milhões” para a campanha de vice na chapa ao lado de Simone Tebet.
Créditos: Poder360.