Foto: Yuri Cortez/AFP.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, sugeriu em discurso na Assembleia Nacional do país na quinta-feira (12) a formação de um “bloco político” de países latinos. Ele disse ter mencionado o tema em conversas com os presidentes de Argentina e Colômbia, Alberto Fernández e Gustavo Petro, e em telefonema com Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Eu estava conversando com o presidente Lula da Silva por telefone outro dia. Eu falei pessoalmente com Gustavo Petro e Alberto Fernández. Está chegando um momento novo, um momento especial, para juntar os esforços e caminhos do povo da América Latina e Caribe, para avançar na formação de um poderoso bloco de forças políticas”, disse.
Maduro disse ainda que o “bloco” deve “convidar o mundo à integração e construção de novos polos de poder”.
Neste momento, mencionou os presidentes de China e Rússia, Xi Jinping e Vladimir Putin — a quem chamou de “irmãos maiores”.
“Essa comunidade de destino partilhado, de que fala nosso irmão maior, presidente Xi Jinping. Ou aquele mundo multipolar e multicêntrico, de que fala nosso irmão maior, o presidente Vladimir Putin”, afirmou.
O presidente venezuelano encerrou o trecho dizendo que se posiciona à frente da “batalha pela construção desta força independente e soberana”.
Relação entre Lula e Maduro
Após Lula vencer as eleições de 2022, Maduro usou suas redes sociais para afirmar que acordou a retomada da “agenda de cooperação” com o Brasil por meio de uma ligação telefônica com o petista.
“Tive uma boa conversa telefônica com o presidente eleito da República Federativa do Brasil, Lula. Concordamos em retomar a Agenda de Cooperação Binacional entre nossos países. Agradecemos sua disposição”, escreveu em 31 de outubro.
Em 1º de janeiro, através do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil restabeleceu relações diplomáticas totais com a Venezuela. Maduro poderia até presenciar a posse de Lula, depois que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revogou uma portaria que impedia sua entrada no país, mas acabou cancelando sua participação.
Créditos: CNN.