Foto: Adriano Machado/O Antagonista
O aumento proposto pela equipe de transição não deve acontecer até que a Previdência refaça as contas, considerando os gastos com a fila do INSS
O presidente Lula (PT) tem encontro marcado com representantes de centrais sindicais para tratar sobre a política de reajuste do salário mínimo. A reunião está prevista para esta quarta-feira (18), às 10h, no Palácio do Planalto.
Durante a campanha eleitoral, o petista defendeu reajuste do salário base acima da inflação. Ainda em novembro de 2022, Wellington Dias — atual ministro do Desenvolvimento Social — disse que o valor deveria ser de R$ 1.320. Contudo, na última semana, o governo eleito recuou.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os recursos que seriam destinados ao cumprimento da proposta, cerca de R$ 6,8 bilhões, foram consumidos pelo aumento significativo e inesperado da fila de beneficiários do INSS.
Na tarde de hoje (16), em Davos, onde participará do Fórum Econômico Mundial ao longo desta semana, Haddad reafirmou que o governo deve aguardar a Previdência “fechar os números” para então “poder voltar ao tema”.
O salário está em R$1.302, desde 1º de janeiro de 2023, conforme a Medida Provisória editada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro no último mês de seu governo estabeleceu, após quatro anos sem aumento real.
É esperado que Lula tome a decisão sobre o reajuste na reunião desta quarta-feira.
O Antagonista
