O mercado reagiu a declarações hostis feitas pelo petista
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), fechou em quase 109 mil pontos nesta sexta-feira, 6. O resultado representa uma queda próxima de 1% sobre o pregão que encerrou as negociações da semana anterior, o último antes da posse de Luiz Inácio Lula da Silva para o novo mandato à frente da Presidência da República.
Para o mesmo período, o dólar atingiu queda de 1%. A cotação de hoje terminou em R$ 5,23. Durante a semana, entretanto, a moeda norte-americana registrou três altas em sequência, com o pico em R$ 5,45, na quarta-feira 4.
As negociações desta semana foram marcadas por seguidas turbulências, demonstrando a apreensão do mercado com o discurso de posse feito pelo petista no domingo. Ao longo das cerimônias que marcaram sua volta ao Palácio do Planalto, Lula atacou avanços realizados pelos sucessores. Entre eles, o Teto de Gastos, que o político chamou de estupidez e disse pretender revogar.
Os primeiros dois dias de 2023 foram marcados por seguidas quedas do Ibovespa. Na terça-feira, o indicador chegou a cair para 104 mil pontos. A retração teve uma trégua depois que membros do governo deram sinalizações favoráveis ao mercado.
Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, negou a existência de estudos em curso para uma eventual revisão sobre a reforma da previdência, por exemplo. Além disso, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) descartou uma política de intervenção direta no preço dos combustíveis na Petrobras. O parlamentar foi indicado para assumir à presidência da estatal.
Por fim, nesta sexta-feira, em sua primeira reunião ministerial, Lula sinalizou que é preciso respeitar o parlamento. A reação foi bem aceita pelo mercado.
Revista Oeste