Apesar de destruição, deputados defendem presença no plenário para reafirmar instituição
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocou uma sessão extraordinária para analisar nesta segunda-feira o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que determinou a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal após os atos de domingo. A reunião, semipresencial, está agendada para 20h30.
Líderes partidários defenderam que o decreto fosse apreciado o quanto antes para dar uma resposta rápida aos ataques ao Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). Nos bastidores, há um movimento para que haja o maior número possível de parlamentares no plenário, presencialmente, para passar a mensagem de que Casa está funcionando normalmente, apesar dos danos causados pelas investidas violentas.
— É consenso entre todos nós que, independentemente dos estragos físicos, a nossa presença é importante para demonstrar a legislativo atuante. Isso é mais importante do que aguardar os reparos — disse o vice-líder do PSB, Alessandro Molon (RJ).
Integrante da base do governo se mostram confiantes na aprovação do decreto presidencial, em virtude da má repercussão gerada pelo ataque golpista.
— Na reunião de líderes, ficou clara uma grande tendência da aprovação da intervenção — disse a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Após a votação na Câmara, o decreto será submetido ao Senado. Mais cedo, o presidente da Casa em exercício, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), afirmou que a votação poderá ocorrer já nesta terça-feira.
O Globo