Uma das bandeiras do presidente Lula, durante a campanha eleitoral de 2022, era a preservação ambiental. O petista, contudo, vai financiar um gasoduto na Argentina, cujo insumo é mais poluente que o do Brasil. A obra obra deve custar R$ 4 bilhões, conforme a secretária de Energia do país, Flavia Royón, em dezembro de 2022. Não se sabe como o dinheiro vai ser liberado aos hermanos.
A exploração de gás de xisto, na Argentina, não é regulamentada no Brasil, e já gerou problemas judiciais na Bahia e no Paraná, que suspenderam as atividades de exploração por meio do fraturamento hidráulico (método que possibilita a extração de combustíveis líquidos e gasosos do subsolo) em áreas leiloadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Em julho de 2019, o governo do Paraná sancionou lei que proíbe o uso da técnica no Estado.
A reserva de Vaca Muerta, no oeste da Argentina e onde fica o gasoduto que receberá dinheiro do BNDES, é uma formação geológica rica em gás e óleo de xisto. O xisto é um tipo de rocha metamórfica que tem um aspecto folheado e pode abrigar gás e óleo em frestas. Para extrair gás desse tipo de local, usa-se o processo de fraturamento, considerado danoso ao meio ambiente, porque é necessário quebrar o solo.
Revista Oeste