O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afastou uma nova leva de militares do gabinete da Presidência, Vice-Presidência e do GSI (Gabinete de Segurança Institucional). As 6 novas dispensas se somam aos 57 afastamentos publicados depois de declarações do presidente sobre desconfianças com militares pelo 8 de Janeiro.
Um dos militares foi dispensado de um cargo temporário no GSI, outro afastamento foi do gabinete da Presidência da República e outros 4 foram do gabinete do vice-presidente. As portarias foram assinadas na última 2ª e 3ª feira (16 e 17 de janeiro) e publicadas no Diário Oficial da União nesta 2ª feira (23.jan).
Na última semana, foram dispensados ao menos 57 militares da administração das residências oficiais da Presidência, da Secretaria Geral da Presidência da República e do GSI.
As mudanças na equipe da segurança da Presidência foram realizadas depois que Lula relatou desconfianças em relação aos militares.
Lula afirmou em 12 de janeiro que “muita gente” das Forças Armadas foi “conivente” com a invasão aos Três Poderes. Ele também afirmou que alguém abriu a porta para que a turba entrasse.
O presidente também demonstrou que não confia o suficiente em militares que não conhece há anos para tê-los à sua volta. Eis a declaração:
“Agora, por exemplo, eu não tenho ajudante de ordens. Meus ajudantes de ordens são meus companheiros que trabalharam comigo antes. Por que eu não tenho? Eu pego o jornal está o motorista do Heleno dizendo que vai me matar e que eu não vou subir a rampa. O outro diz que vai me dar um tiro na cabeça e que eu não vou subir a rampa. Como é que eu vou ter uma pessoa na porta da minha sala que pode me dar um tiro? Então eu coloquei como meus ajudantes de ordem os companheiros que trabalham comigo desde 2010, todos militares.”
Poder 360