O ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Fábio Vieira se esquivou de qualquer culpa ou omissão nos atos ocorridos em 8 de janeiro, que levaram à invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes. Durante audiência de custódia, realizada no dia 12 de janeiro, o militar afirmou não ter ideais políticos e não ter facilitado qualquer tipo de atos criminosos. Na oportunidade, o oficial ainda ressaltou que não viu a “atuação” de policiais legislativos e judiciários.
Durante a audiência, que o manteve preso preventivamente, o ex-comandante do PMDF afirmou que, após os manifestantes romperem as grades que protegiam os prédios públicos, não houve ajuda dos demais órgãos. A responsabilidade, neste caso, seria das outras forças de apoio.
“O dispositivo da PM era o dispositivo-padrão: uma linha na frente, acompanhando todo o gradil, do MJ (Ministério da Justiça) ao Itamaraty”, disse Fábio Vieira.
Ele ainda complementou que o Batalhão de Choque foi posicionado atrás do gradil. Vieira frisou, em sua declaração, que, após “eles [os manifestantes] romperem o gradil, não se viu policiais do Legislativo. Que, no STF, quando chegou, viu um efetivo muito pequeno da polícia judicial”.
Vieira também disse acreditar que, “protocolarmente, como acontecia em outra manifestação, esses efetivos não estavam adequadamente empregados”.