Foto: Sérgio Lima
Sempre é assim com Lula: promete, promete e promete, mas será que cumpre? Na campanha, o presidente petista mudou da água para o vinho e virou um “inimigo” do aborto. Uma pena para quem acreditou nessa mudança repentina do atual executivo.
Isso porque a ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves, afirmou que o “aborto é uma questão de saúde pública”, mas que uma discussão sobre o tema com os parlamentares eleitos para o Congresso Nacional poderia representar um risco, pois “vamos perder mais do que avançar”. Cida tomou posse do cargo em cerimônia no início da tarde desta terça-feira (3).
A reflexão da nova ministra sobre a possível legalização do aborto foi realizada em entrevista ao jornal Folha de São Paulo. Cida avaliou a importância do tema para as mulheres.
“Para nós a questão do aborto é uma questão de saúde pública. É importante pensar que nós estamos terminando um ano em que o Estatuto do Nascituro estava aí no Congresso e nós quase perdemos. Se nós tivéssemos perdido ali naquele debate, o aborto teria sido encerrado de todas as formas. O que for possível avançar, nós vamos avançar. Agora, se for para retroceder, é melhor a gente assegurar o que está garantido em leis”, afirmou.
A ministra também salientou que para levar o tema em discussão no Congresso é preciso ter apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Nós vamos lutar para que as mulheres não tenham perda de direitos. E da forma como está sendo colocado hoje pelo Congresso e da forma como que tá sendo convocado pelo Senado, qualquer discussão sobre aborto vamos perder mais do que avançar. Essas são questões a serem analisadas pelo governo”,avaliou.