MME, ONS e Aneel formam gabinete para monitorar ameaças a instalações do setor elétrico
Foto: Agência Brasil
A Eletrobras abriu uma investigação para saber as razões que ocasionaram as quedas de duas torres de transmissão de energia elétrica das concessionárias Furnas e Eletronorte. Os casos foram registrados no domingo 8, quando eclodiram as invasões nos Três Poderes.
Segundo a agência Reuters, atos de vandalismo nas linhas de transmissão foram identificados, mas ainda não há meios para saber com qual finalidade.
A A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que está consolidando as informações, comunicou que três torres de transmissão foram atingidas. “Neste momento, ainda não temos como afirmar que foram atentados, porque isso está em avaliação”, disse Sandoval Feitosa, diretor-geral da agência. “As ocorrências são estranhas, mas ainda estamos na fase de pedidos de informação.”
A Aneel, o Ministério de Minas e Energia e o Operador Nacional do Sistema formaram um gabinete para o monitoramento dos riscos ao sistema nacional.
A empresa Evoltz informou que dois estais (os cabos de aço que servem para dar firmeza à sustentação de torres de transmissão) haviam sido cortados — o que denota ação intencional para derrubar a estrutura. Não houve nenhuma alteração climática que pudesse justificar o impacto.
O mapeamento inclui a geração e a distribuição, mas os problemas, até o momento, foram relatados na transmissão. As ocorrências à infraestrutura da Eletrobras envolveram linhas no Paraná e em Rondônia. Na Eletronorte, em Rondônia, houve o desligamento de uma linha de transmissão da interligação Acre-Rondônia ao Sistema Interligado Nacional.
“Imediatamente, a equipe de manutenção foi acionada e a inspeção realizada detectou que o desligamento foi provocado pela queda de uma torre dessa linha, com indícios de sabotagem”, informou a Eletronorte, em nota. “A equipe da Eletronorte já está mobilizada para a substituição da torre, com previsão de conclusão dos serviços ao longo do próximo dia 11, quarta-feira.”