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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse neste sábado (14.jan) que não poderia ter evitado os atos do 8 de Janeiro realizados em Brasília no último 8 de janeiro.
“Esclareço, mais uma vez, que o Ministério da Justiça não comanda policiamento ostensivo nem segurança institucional. A não ser em caso de intervenção federal, que ocorreu na tarde do dia 8“, disse o ministro em seu perfil do Twitter.
O ministro também declarou em outra publicação na rede social que pediu a intervenção federal em Brasília “com base real” e não com base em presunções: “Não sou profeta. Tampouco ‘engenheiro de obra pronta’”.
O ministro já havia falado detalhadamente sobre, na opinião dele, não ter sido possível ter um “plano B” para evitar a invasão e depredação de prédios públicos no 8 de Janeiro. Segundo ele, houve alertas sobre a possibilidade de a situação sair de controle, mas o governo local disse que conseguiria deter qualquer escalada de violência.
Em entrevista presencial no estúdio do Poder360 em 11 de janeiro, Dino disse: “Falar que não havia Plano B na verdade é ignorar os dados que repito, constam do meu Twitter na 6ª, no sábado. Havia alertas? Sim, havia. Como já houve dezenas de outros, mas havia uma garantia do governo local, competente para isto e que recebe apoio financeiro para isso. E esta garantia foi dada a quem, a mim? Sim, claro. Mas também foi dada ao presidente do Senado, ao presidente da Câmara e à presidente do Supremo”.
Um ofício enviado ao governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), no sábado (7.jan) –na véspera dos atos extremistas– mostra que o ministro da Justiça alertou o governo distrital a respeito da chegada em Brasília de “uma intensa movimentação de pessoas inconformadas com os resultados das eleições”.
Segundo o ofício, o movimento identificado na capital “teria a intenção de promover ações hostis e danos” contra os prédios dos ministérios, do Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal), do Palácio do Planalto, do STF (Supremo Tribunal Federal) e, possivelmente, de outros órgãos, como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Créditos: Poder 360.