O Coren-SP informou também que ‘não recebeu denúncia por parte da atriz quanto ao tema’.
O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) arquivou o processo de investigação do caso Klara Castanho. Em nota, o Conselho afirmou que “não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes”.
O Coren-SP apurava a denúncia da atriz de que uma enfermeira a teria abordado e ameaçado divulgar para a imprensa informações sobre a entrega para adoção de bebê fruto de um estupro. O Conselho informou que realizou sindicância sobre o suposto vazamento de informações sigilosas no Hospital Brasil, a partir das informações divulgadas pela atriz autora da denúncia em suas redes sociais.
“O conselho seguiu todos os ritos processuais, solicitou documentos à instituição hospitalar e convocou os profissionais do plantão à época do fato denunciado, porém não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes, o que levou ao arquivamento do processo. Até o momento, o Coren-SP também não recebeu denúncia por parte da atriz quanto ao tema”, afirmou em nota.
Em junho, ao ver a sua situação exposta em perfis e sites de fofoca, Klara escreveu uma carta aberta em que contou ter sido vítima de um estupro, engravidou e optou pela entrega voluntária para adoção. Na carta, Klara conta que não queria expor esse episódio traumático. Mas sites e redes de fofocas trouxeram não só a história a público, mas também especulações e ataques à atriz.
Tudo começou com um post do jornalista Matheus Baldi no dia 24 de maio, dizendo que Klara havia dado à luz uma criança. O post foi apagado a pedido da atriz.
Um mês depois, a apresentadora Antonia Fontenelle incitou ainda mais os comentários contra Klara na internet. Sem citar o nome da atriz, ela disse em uma live, em tom bastante agressivo, que uma atriz de 21 anos teria engravidado e entregue o bebê para adoção.
Foi depois disso que Klara decidiu se manifestar pela primeira vez, por meio da carta. Em seguida, o colunista Léo Dias, do site Metrópoles, publicou um texto detalhando o caso.
Segundo especialistas, tanto Léo Dias como Antonia Fontenelle podem responder por difamação.
Em post publicado no dia 25 de junho, a diretora de redação do Metrópoles, Lilian Tahan, afirmou que o site expôs de maneira inaceitável os dados de uma mulher vítima de violência brutal e que a matéria foi retirada do ar.
No dia seguinte, o colunista Léo Dias publicou um pedido de desculpas à atriz. Ele disse que não deveria ter escrito nem uma linha sobre a história ou ter feito qualquer comentário sobre algo a respeito do qual não tem o direito de opinar. Em vídeo, Antonia Fontenelle tentou se eximir de responsabilidade e não pediu desculpas.