Foto: Kaio Lakaio/VEJA.
Ao que parece, a candidatura de Rogério Marinho (PL-RN) a Presidência do Senado Federal não só cresceu, como tem causado calafrios na esquerda brasileira. Ainda mais porque, neste sábado, o senador eleito pelo RN se reuniu com apoiadores, dentre eles, bolsonaristas como Damares Alves (ex-ministra) e Flávio Bolsonaro, para defender uma posição mais firme da Casa e o retorno do “protagonismo” na discussão de grandes temas nacionais.
“Nós vamos comandar o Congresso Nacional ouvindo a todos, mas principalmente, devolvendo o protagonismo que o Senado perdeu no debate dos grandes temas. Vamos retomar o respeito à inviolabilidade dos mandatos, o respeito à liberdade de expressão e reequilibrar a democracia”, disse Rogério Marinho, ressaltando um discurso que tem agradado a parte dos futuros colegas dele no Senado.
O crescimento foi tanto, inclusive, que Rogério Marinho já causou uma movimentação lulista do outro lado. O presidente da República se reuniu por três horas com Rodrigo Pacheco para tentar “comprar” senadores e evitar o crescimento da candidatura do PL (veja o vídeo acima e entenda).
NÚMEROS
Segundoa a CNN Brasil, a disputa da próxima eleição para a presidência do Senado se acirrou entre as candidaturas do senador Rogério Marinho (PL-RN) e do atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Para garantir o cargo, são necessários os votos de ao menos 41 senadores.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, montou um bloco com PSD, MDB e União Brasil para disputar a reeleição. Somados, o grupo tem 35 senadores, seis a menos que o número necessário para ser eleito. O bloco deve ser formalizado no dia 1º de fevereiro, mesma data da eleição.
O curioso é que, com os apoios recém-anunciados do Republicanos e do PP, pelas contas internas da candidatura, Rogério Marinho também teria algo em torno dos 35 votos, chegando bem perto dos 41 necessários e mostrando que a disputa está bem aberta.
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