Militante foi detida por protestar contra expansão de mina de carvão, iniciativa do governo para driblar a crise energética
Depois de ser presa durante um protesto na cidade alemã de Luetzerath, a cerca de 600 quilômetros da capital Berlim, a ativista de esquerda Greta Thunberg pronunciou-se nas redes sociais. Segundo a ambientalista, ela e os demais militantes detidos no protesto “foram todos calados pela polícia”.
“A proteção do clima não é um crime”, escreveu Greta, no Twitter, nesta quarta-feira, 18. Segundo a jovem, as autoridades liberaram-na, após o ato.
Greta Thunberg acabou detida por protestar contra a expansão de uma mina de carvão mineral a céu aberto. Em virtude do conflito entre a Ucrânia e a Rússia, a Europa enfrenta uma crise energética sem precedentes. Os países da União Europeia compram dos russos cerca de 40% do gás natural para se aquecerem.
Desde setembro, o governo russo manteve fechado o gasoduto de distribuição do insumo à Alemanha. Dessa forma, o chanceler Olaf Scholz entendeu ser mais prudente reativar minas de carvão, a fim de produzir energia.
Há quase uma década, a Alemanha vem passando por um processo de mudança de matriz energética, com a finalidade de evitar as “mudanças climáticas”.
Revista Oeste