Nesta semana, Haddad pediu para atual governo não prorrogar desoneração
A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu a prorrogação por três meses na isenção dos impostos federais sobre os combustíveis e reafirmou posicionamento crítico à paridade de preços internacionais, atual política praticada pela Petrobras na formação de preços.
Em entrevista à GloboNews, nesta sexta-feira, a deputada do Paraná também defendeu a volta da política de preços praticada durante os dois mandatos anteriores do presidente-eleito Lula.
— O problema não é a questão do tributo, é a política de preços, a dolarização que aconteceu, isso tem um impacto monumental. A Petrobras virou uma empresa de distribuição de lucros e dividendos e o povo pagou a conta. Eu defendo pelo menos três meses (de prorrogação da isenção) para termos uma solução mais sustentável — disse
Os impostos federais (PIS/Cofins) foram zerados até o fim deste ano, pelo governo e pelo Congresso, em meio à escalada dos preços em junho de 2022 motivada, entre outros fatores, pela guerra da Ucrânia.
Para que a desoneração continue no próximo ano, é necessária a edição de uma medida provisória.
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu nesta semana, porém, que o atual governo não prorrogue a desoneração. Haddad disse que o governo eleito precisa de mais tempo para decidir se renova a desoneração, mas não citou argumentos para já retornar com a cobrança de imposto.