Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
STTU confirmou que proposta foi recebida, mas informou que não há definição sobre o aumento da tarifa.
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Natal (Seturn) apresentou à Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) uma proposta de reajuste da tarifa de ônibus para R$ 4,85.
O último aumento da tarifa de ônibus na capital potiguar foi em 2019, quando a passagem passou de R$ 3,65 para R$ 4.
“Já vai completar quatro anos que a atual tarifa é cobrada sem nenhum reajuste. Atravessamos toda uma pandemia e tudo subiu, inclusive o óleo diesel, que é o segundo principal insumo das empresas de ônibus. As empresas não estão suportando continuar prestando o serviço tendo esses prejuízos. Então esperamos que a partir de 1º de janeiro a tarifa seja atualizada”, explicou o consultor técnico do Seturn, Nilson Queiroga.
A titular da STTU, Daliana Bandeira, confirmou que a proposta de reajuste foi recebida pela secretaria, mas disse que não há definição sobre o aumento da tarifa. “Não existe nenhum indicativo por parte do município de ter algum reajuste a partir de janeiro de 2023”, afirmou a secretária.
Em 2020, a prefeitura chegou a aprovar e publicar no Diário Oficial um reajuste na tarifa para R$ 4,25, mas após pressão popular o prefeito Álvaro Dias recuou da decisão e manteve a tarifa de R$ 4.
Licitação do transporte público
A capital potiguar nunca teve licitação do serviço de transporte, que atualmente funciona em formato de permissão. O município emite ordens de serviços para as empresas sem qualquer contrato formal.
A licitação do transporte público se arrasta há anos e, somente em 2022, foi adiada duas vezes. A licitação é tida como uma alternativa para resolver problemas das linhas de transporte, da superlotação e do sucateamento das frotas na capital.
Para o Seturn, um dos fatores que dificulta a realização da licitação do transporte público de Natal é o valor da tarifa. “A prefeitura não consegue fazer a licitação, tentou duas vezes, e o principal fator é que o custo do transporte está muito alto”, disse Nilson Queiroga.
G1