Documento é necessário para que o eleito tome posse do cargo
Foi diplomado hoje (19) o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o seu vice, Felicio Ramuth, e os deputados que vão ocupar vagas na Assembleia Legislativa do Estado e na Câmara dos Deputados a partir de 2023. São 95 deputados e deputadas estaduais e 70 federais, além do senador eleito, Marcos Pontes. A cerimônia ocorreu na Sala São Paulo, sala de concertos na região central da capital paulista.
A diplomação confirma que o candidato foi efetivamente eleito e está apto para tomar posse do cargo. Por isso, ela ocorre após o fim das eleições e dos prazos para questionamentos. O documento é necessário para que o eleito tome posse do cargo.
Desigualdades
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), desembargador Paulo Galizia comentou os resultados das últimas eleições ao discursar durante a diplomação. Ele destacou que apesar das mulheres serem maioria no eleitorado paulista, ainda são minoria entre os eleitos. “As mulheres inscritas como eleitoras superam os homens em mais de 2 milhões de pessoas. Infelizmente, a maioria feminina ainda está longe de se refletir nas urnas”, enfatizou.
Segundo Galiza, apenas 23,5% dos eleitos em 2022 são mulheres. O desembargador ponderou, no entanto, que houve um crescimento expressivo em relação a 2014, quando as eleitas eram somente 9,6%.
O estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, tinha, neste ano, 34,6 milhões de eleitores aptos para votar.
“Desequilíbrios evidentes também se verificam quando se passam a análise numérica das candidaturas por cor ou raça no estado de São Paulo. Entretanto, o otimismo renasce quando comparamos as estatísticas das duas últimas eleições”, acrescentou o presidente do TRE. De acordo com ele, em 2018, 8,4% dos eleitos se declarava negro. Em 2022, o percentual ficou em 15,8%.
Sem citar fatos específicos, Galiza disse que 2022 foi um ano turbulento, mas que a Justiça Eleitoral saiu fortalecida. “Esse ano, decerto, ficará marcado como o período mais difícil de provações enfrentadas pela Justiça Eleitoral na sua aguerrida história de nove décadas que se completam agora. E a palavra que os historiadores do futuro usarão para explicar a atuação da Justiça Eleitoral brasileira em 2022 só poderá ser uma: resiliência. Resiliência entendida como a capacidade inquestionável de superação diante das adversidades que se somaram”, destacou.(ABr)