Presidente destaca feitos da gestão, exalta apoio nas ruas, critica novo governo Lula e a escolha de ministros
O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez pronunciamento à imprensa nesta sexta-feira, 30, no Palácio do Alvorada, em Brasília. O mandatário, que viaja nas próximas horas para Miami, nos Estados Unidos, onde deve passar os próximos 30 dias, afirmou que “o Brasil não irá acabar dia 1º”. Em seu rápido pronunciamento, Bolsonaro, que estava visivelmente emocionado, exaltou diversos feitos do governo, como o Auxílio Brasil, criação de empregos e falou que sua gestão deixou um “saldo positivo” para o Brasil. “Nós vencemos esses quatro anos com saldo bastante positivo, mesmo com os problemas que tivemos. […] Levamos a paz ao campo. Nosso decreto de armas, que estão dizendo que vai ser revogado, foi uma das ações responsáveis por passar de 60 mil mortes por ano para 40 mil”, afirmou Bolsonaro. Outro ponto levantado pelo mandatário foi a utilização da bandeira nacional como símbolo de orgulho. “A bandeira verde e amarela passou a tremular pelo Brasil todo”.
Em seguida, Bolsonaro exaltou o apoio da rua, reconhecendo o esforço dos brasileiros que acamparam em frente aos quarteis desde o fim da eleição presidencial em outubro. “O voto você vê pelas ruas. Que não leva gente para rua não tem voto. Levamos multidões para ruas […] Sei que as pessoas tomaram sol e chuva e nada ficará perdido”, disse Bolsonaro, que continuou: “O que houve pelo Brasil foi uma manifestação do povo, que não tinha liderança, não tinha ninguém coordenando. O protesto pacífico, ordeiro, seguindo a lei, tem que ser respeitado, contra ou a favor de quem quer que seja”. Em seguida, o mandatário disse que sabe que o povo sofreu, mas afirmou que não poderia fazer nada que não fosse “bem feito” para evitar efeitos colaterais danosos. “Vocês também sofreram. Sofrem agora. Alguns podem estar me criticado. Mas eu não posso fazer algo que não seja bem feito e os efeitos colaterais sejam danosos demais. Tudo não é questão de um país. Tudo que um país faz tem reflexo no mundo todo”. “Jamais esperava chegar aqui. Se cheguei, tem um propósito. No mínimo, atrasar quatro anos o nosso país de entrar nessa ideologia nefasta da esquerda”, finalizou Bolsonaro.
Outro ponto da live do presidente foram as críticas ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e as escolhas de seu governo. Um dos principais pontos levantados por Bolsonaro foi um pedido para que o público que acompanhava a transmissão comparasse os ministros de seu governo com os indicados por Lula. Em seguida, o presidente disse que, mesmo com a posse de Lula, nada está perdido. “O Brasil não irá acabar dia 1º”, afirmou Bolsonaro, que continuou: “O Brasil não sucumbirá, acreditem em vocês. Perde-se a batalha, mas não perderemos a guerra”. Bolsonaro também afirmou que a nova gestão começa “capenga” e que o quadro que se apresenta não é bom. “O quadro que está na frente agora, a partir de 1º de janeiro, não é bom. Não é por isso que nós vamos jogar a toalha, deixar de fazer oposição, deixar de criticar, deixar de conversar com os seus vizinhos, agora com muito mais propriedade, com muito mais conhecimento”, concluiu.
Jovem Pan