Falecimento ganhou proporções nacionais por não ter sido esclarecido rapidamente
Recentemente, o Google divulgou a lista dos dez temas mais pesquisados pelos brasileiros na plataforma de busca durante o ano de 2022. A lista está dividida em categorias, como “acontecimentos”, “personalidades”, “como fazer”, “o que é” e “mortes”, dentre muitas outras. Nessa última, a mais pesquisada foi a da cantora Paulinha Abelha, vocalista do grupo de forró sergipano Calcinha Preta.Reprodução / Rede Social
A cantora faleceu aos 43 anos no dia 23 de fevereiro deste ano, após ter passado 13 dias internada em um hospital particular de Aracaju com um quadro de insuficiência renal. Segundo boletim médico emitido pelo hospital na época, ela faleceu “em decorrência de um quadro de comprometimento multissistêmico”.
A morte de Paulinha Abelha gerou comoção entre fãs e colegas de profissão, além de ter ganhado repercussão nacional por não ter sido esclarecida rapidamente.
Como resultado, o falecimento da artista foi mais pesquisado no Google até mesmo que o da Rainha Elizabeth II, que ocupa o segundo lugar da lista. Depois, aparecem em seguida: Jô Soares; Gal Costa; Erasmo Carlos; Guilherme de Pádua; Claudia Jimenez; Olavo de Carvalho; Elza Soares; e Ludmila Ferber.
No dia 11 de fevereiro, Paulinha Abelha foi internada em um hospital particular de Aracaju com um quadro de insuficiência renal. Ela havia retornado de São Paulo, onde cumpria agenda de shows com o grupo Calcinha Preta. A notícia causou comoção entre os fãs, que compartilharam mensagens de apoio à cantora nas redes sociais.
No dia 15 do mesmo mês, o hospital onde Paulinha recebia tratamento comunicou que ela estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde foi submetida a uma terapia renal substitutiva.
No dia 17, outros membros do Calcinha Preta e fãs do grupo realizaram uma corrente de oração em frente ao hospital onde Paulinha permanecia internada. No mesmo dia, a unidade de saúde informou que a artista havia apresentado uma piora no quadro de saúde, entrando em coma. Mais tarde, ela foi transferida para outro hospital particular ainda em Aracaju.
na noite do mesmo dia, Karla Abelha, irmã da artista, falou sobre os momentos de angústia enfrentados desde a internação. “A gente tem muita esperança, muita fé em Deus”, disse.
No dia seguinte, a cantora apresentou uma leve melhora em seu estado de saúde, mas continuou em coma. Em 19 de fevereiro, o boletim médico do hospital também apontava estabilidade. No dia 20, entretanto, um novo boletim médico informou que Paulinha Abelha apresentava um quadro neurológico grave.
No dia 22, médicos do hospital onde Paulinha estava internada realizaram coletiva de imprensa, na qual informaram que a cantora precisava de doação de sangue e confirmaram a existência de uma lesão cerebral severa.
Na ocasião, a equipe médica também falou sobre a eventual influência dos tratamentos estéticos aos quais a cantora foi submetida, que vinham sendo especulados como possível causa da insuficiência renal da artista. Segundo eles, ainda não havia comprovação de que os produtos ou procedimentos realizados poderiam ter provocado o comprometimento dos rins.
Ainda durante a coletiva, os médicos explicaram que o conjunto de lesões poderia estar associado a um cenário inflamatório ou a uma condição autoimune – quando o corpo produz a agressão aos órgãos. Foi necessária uma investigação clínica multidisciplinar para esclarecer a origem do quadro de saúde.
A morte de Paulinha Abelha ocorreu às 19h26 do dia 23 de fevereiro, em decorrência de um quadro de comprometimento multissistêmico. Segundo boletim médico do hospital, nas 24 horas anteriores, a cantora havia apresentado “agravamento de lesões neurológicas, constatadas em ressonância magnética, e associada a coma profundo. Foi então iniciado protocolo diagnóstico de morte encefálica, que confirmou hipótese após exames clínicos e complementares específicos”.