Desde 2013, uma fake news ganhou força nas redes sociais. A de que Messi tinha sido diagnosticado com um espectro do autismo. Até Christophe Dugarry, campeão do mundo com a França em 1998, difundiu essa informação falsa.
O psiquiatra Estevão Vadasz, coordenador do Programa de Transtornos do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da USP (PROTEA), uma das maiores autoridades do Brasil no assunto, explica que a área de excelência do portador de autismo nível 1 costuma ser matemática, física e outros campos de exatas.
“Outro fator que vai contra a ideia de que Messi é portador do autismo é a coordenação motora. Na maior parte dos casos, os portadores têm baixa motricidade e não se dão bem em atividades em equipe. O Messi, ao contrário, tem um domínio motor sofisticado, e joga muito bem em equipe.”
O que diz a família?
Todo mundo do entorno do jogador sempre tratou esse caso como fake news. O médico Diego Schwartzstein, que tratou do craque durante a infância e a adolescência, classificou, em entrevista ao UOL, o assunto como “bobagem”.
Onde começou a história?
O escritor e jornalista brasileiro Roberto Amado publicou que Messi foi diagnosticado com autismo nível 1 O texto trazia uma série de características de Messi que comprovariam seu autismo. A timidez com a imprensa Seu estilo de finalização, uso de dribles parecidos, que indicariam um gosto por padrões repetidos, uma das características dos portadores da síndrome.
A história original falava sobre Síndrome de Asperger, mas o termo caiu em desuso em 2013. O motivo foi a ligação de Hans Asperger, médico austríaco que deu o nome à síndrome, com o nazismo.
Com informações de UOL