A decisão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de nomear senadores para cargos na Esplanada dos Ministérios deve enfraquecer a base de apoio ao petista no Senado.
O impacto ocorre especialmente pela retirada de nomes de peso no Senado, como Camilo Santana (PT-CE), Wellington Dias (PT-PI) e Flávio Dino (PSB-MA) —todos eleitos após concluírem os mandatos de governador.
Além dos três, outros dois senadores podem assumir cargos no governo e dificultar a articulação na Casa. São eles Carlos Fávaro (PSD-MT), cotado para o Ministério da Agricultura, e Renan Filho (MDB-AL), cotado para o Ministério dos Transportes.
No pleito de outubro, foram eleitos diversos aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), que devem engrossar a oposição ao governo petista.
Ao contrário da Câmara, o Senado tradicionalmente possui parlamentares mais independentes, com um centrão menos fortalecido do que o bloco liderado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL).
O PL de Bolsonaro se tornou a maior bancada(14 senadores), com nomes fortes do bolsonarismo, como Damares Alves (Republicanos-DF) e Magno Malta (PL-ES).
Além do partido, há uma série de outras siglas consideradas de oposição ou independentes, que podem dificultar a aprovação de propostas de interesse do governo petista. Estão na lista o Podemos (6), PP (6), PSDB (4), Republicanos (3) e os nanicos Cidadania (1) e PSC (1).