O engenheiro civil Adhemar Palocci, irmão do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, foi nomeado como integrante do grupo de trabalho de Minas e Energia da transição do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O nome dele aparece na portaria 71 com data de quinta-feira (8), e publicada no Diário Oficial da União (DOU). A portaria é assinada por Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito e coordenador do grupo.
Adhemar Palocci, que é engenheiro civil formado pela Universidade de São Paulo em 1981, com especialização em geotecnia pela Universiade de Brasília (2000) e em Transportes pela Escola de Engenharia de São Carlos (1983), é funcionário de Furnas Centrais Elétricas desde 1987.
Na Lava Jato, assim como o irmão, ele também acabou tendo o nome envolvido. Em 2015, o ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini, apontou que Adhemar teria recebido propina na Esletronorte, estatal federal, relacionada à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Os recursos seriam destinados ao MDB. O caso não avançou.
Dez anos antes, o nome de Adhemar Palocci também esteve em evidência, quando quase foi chamado a depor na CPI dos Correios. na época, governistas conseguiram barrar a convocação dele para explicar uma eventual ligação com a corretora InterBrazil, empresa liquidada pela Susep em razão de irregularidades. A empresa foi investigada por ganhar seguros de estatais do setor elétrico após contribuir por campanhas eleitorais petistas em Goiás e no Brasil. Fornecedores indicaram que Adhemar autorizava os pagamentos, o que ele negou.
Os grupos de trabalho da transição devem encerrar os trabalhos nesta terça-feira (13), após a entrega dos relatórios de diagnóstico com os apontamentos sobre as várias áreas do governo.