A pesquisa é inédita e classifica as áreas do país em seis classes
Foto: Divulgação/Agência Brasil
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 32% dos solos do Brasil tem potencialidade natural para a agricultura. O órgão publicou os dados nesta segunda-feira, 5.
A pesquisa do IBGE divide os solos do país em em seis classes de potencialidade para a agricultura. A escala vai das terras “com restrições muito fortes” até as áreas consideradas muito boas para o desenvolvimento agrícola.
O estudo revelou, do território nacional, 30% se enquadram na escala boa e, 2%, na muito boa. “Significa que, sob o ponto de vista do recurso natural, como caraterísticas e tipos de solo associado ao relevo, essas áreas favorecem a agricultura, resultado que demonstra o elevado potencial”, explicou Daniel Pontoni, analista do IBGE.
Outros 33% se enquadram na escala moderada. Desse modo, eles podem ser usados para a produção agrícola depois de correções. Essas áreas são caracterizadas por “relevos ligeiramente acidentados, que podem precisar de ações adequadas para a agricultura, como no caso de solos menos profundos e principalmente com problemas de fertilidade, mas que são relativamente fáceis de serem corrigidos”, comenta o pesquisador.
Os locais com potencialidade restrita cobrem 21% do território. Caracterizadas por relevos mais irregulares, essas porções têm problemas de fertilidade e para implantar a mecanização, além de terem restrições importantes quanto à profundidade. Assim, “precisam de ações relativamente mais complexas de manejo agrícola, e teriam uma agricultura especializada adaptada a esses tipos de ambiente”, complementa.
Por fim, o IBGE identificou que apenas 11% dos solos do Brasil possuem “restrições muito fortes de potencialidade” para o desenvolvimento da agricultura. Nessas regiões, a atividade agrícola pode levar à degradação.
Revista Oeste