O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), recuou da decisão de indicar o delegado Edmar Camata para o comando da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O motivo: descobriu que o homem apoia a Lava Jato.
Petistas vasculharam a vida de Camata e encontraram uma foto dele com o então procurador Deltan Dallagnol, nas redes sociais. Conforme noticiou Oeste, Dino substituiu Camata por Antônio Fernando Oliveira, antigo funcionário seu no Maranhão, e que se identifica com o ex-ditador Fidel Castro.
“Tivemos uma polêmica nas últimas horas, e o entendimento meu e da minha equipe foi proceder a substituição”, justificou Dino, na quarta-feira 21, a jornalistas, na sede do governo de transição, em Brasília. “Não é um julgamento sobre o que ele achava em 2017 ou em 2018. Não é, a meu ver, determinante. Mas, em face da polêmica, resolvi fazer a troca. Não há avaliação negativa quanto às questões morais dele. É puramente política.”
Formado em direito pela Universidade Federal do Espírito Santo, Camata ingressou na PRF em 2006, como agente de polícia. É mestre em políticas anticorrupção e, desde 2019, está cedido para atuar como secretário de Estado de Controle e Transparência no governo do Espírito Santo.
Oliveira já trabalhou com Flávio Dino, quando o socialista era deputado federal no Maranhão e, posteriormente, governador. Oliveira atuou na Assessoria de Planejamento do Departamento Estadual de Trânsito do Estado.
Revista Oeste