O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, decretou na noite desta segunda-feira (26/12) estado de emergência para o estado de Nova York, o mais afetado pela forte tempestade de inverno Elliot. A medida facilita a ajuda federal para dar resposta às necessidades da população.
Biden autorizou o Departamento do Interior e a Agência de Gestão de Emergência a coordenar as ações necessárias para lidar com a situação e “aliviar a adversidade e o sofrimento” causados pela tempestade, de acordo com um comunicado da Casa Branca.
Causada por uma frente fria ártica, a tempestade afetou os Estados Unidos desde os Grandes Lagos, perto da fronteira com o Canadá, até ao rio Bravo, ou Grande, na fronteira com o México, afetando cerca de 60% da população do país.
Fortes tempestades de neve e ventos ciclônicos deixaram milhares isolados em suas casas e em estradas. Milhares de passageiros ficaram retidos em aeroportos na véspera de Natal, devido a voos cancelados. Houve ainda cortes no fornecimento de energia em quase 1,7 milhão de residências e empresas devido a problemas na infraestrutura elétrica.
Devido à chamada “tempestade do século”, a cidade de Nova York registrou uma temperatura mínima de -10,5 °C no dia de Natal, o que não acontecia desde 1872, enquanto Washington, a capital dos EUA, registrou -10 °C e Tampa, na Florida, chegou a marcar temperaturas abaixo de zero, o que não acontecia desde 1966.
Tempestade deixa mais 50 mortos
A tempestade de inverno Elliot já deixou mais de 50 mortos nos Estados Unidos. O número de mortos no estado de Nova York, epicentro do caos, subiu para 27, 18 deles na cidade de Buffalo, município devastado pela neve.
De acordo com a emissora NBC, ao menos 60 pessoas morreram no país devido à tempestade. Já o canal ABC fala em ao menos 51 mortos. Muitas das vítimas foram encontradas em carros soterrados ou no meio da neve. Outros morreram de ataque cardíaco enquanto tentavam limpar a neve.
A neve deve continuar a cair nesta terça-feira. Estradas no estado de Nova York estão lotadas de carros, ônibus, caminhões e ambulâncias soterrados na neve, dificultando os trabalhos de resgaste e limpeza. Estima-se que ainda haja residentes nos veículos, o que deve elevar o número de vítimas.