Os deputados do PSOL Glauber Braga e Sâmia Bomfin pediram à Justiça Eleitoral nesta sexta-feira (16) a cassação da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL). O motivo é o vídeo em que ela “conclama militares para a abolição do sistema democrático brasileiro mediante o impedimento da diplomação do Presidente da República”.
A peça enviada ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo se refere ao mandato que começa em janeiro de 2023, já que a parlamentar foi reeleita neste ano. Os psolistas acusam Zambelli de abuso de poder econômico e do uso ilegal dos meios de comunicação.
Na ação, Braga e Bomfin pedem que Zambelli:
- Tenha o registro e diploma cassados;
- Fique inelegível por oito anos;
- Seja ouvida pelo Ministério Público Eleitoral;
- Seja investigada por abuso de poder econômico, com quebra de sigilos fiscal e bancário.
Quais os argumentos dos deputados
O vídeo citado foi publicano nas redes sociais no dia 29 de novembro. Na gravação, Zambelli critica o Supremo Tribunal Federal (STF), faz ofensas a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e questiona oficiais das Forças Armadas sobre a obediência ao presidente eleito.
“Pergunto aos senhores: dia primeiro de janeiro, senhores generais quatro estrelas, vocês vão querer prestar continência a um bandido ou à Nação brasileira? É hora de se posicionar. De que lado da história vocês vão ficar? Do lado da história que quer implantar o comunismo e tirar as nossas liberdades, ou do lado da história dos brasileiros que estão clamando ‘Salvem as nossas almas’, diante dos quartéis-generais?”, pergunta.
Para Braga e Bomfin, a atitude de Zambelli é capaz de “causar danos ao Estado Democrático de Direito”, já que a bolsonarista tem grande audiência nas redes sociais.
Eles também relembram que a deputada viajou aos Estados Unidos, apesar de estar sob restrições judiciais, e seguiu “gravando e divulgando vídeos que contestam urnas e estimulando manifestações através de perfis de terceiros”.
Acrescentam ainda que há alguns anos Zambelli promove postagens e falas de ataque a instituições democráticas do nosso país”, e é reincidente em “atacar a credibilidade das eleições no Brasil sem qualquer prova, divulgar informações inverídicas a respeito do funcionamento das instituições democráticas e atacar autoridades”.
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