A diretora da Inteligência Nacional dos Estados Unidos, Avril Haines, disse que o ditador da China, Xi Jinping, se recusa a aceitar vacinas contra a covid-19 produzidas fora do país, o que pode estar contribuindo para a permanência da política de covid zero, que impõe rígidas regras de controle da doença.
Durante o Fórum de Defesa Nacional Reagan, realizado na Califórnia, Avril Haines afirmou que Xi “não está disposto a utilizar vacinas melhores do Ocidente e, em vez disso, se apoia nas vacinas produzidas na China, que simplesmente não são tão eficazes contra a [variante] Ômicron”.
A diretora, no entanto, não mencionou que as vacinas usadas dos Estados Unidos — Pfizer e Moderna — não impedem o contágio e tampouco a mortalidade, uma vez que mesmo com os altos índices de vacinação, a doença continua existindo nos EUA e em todo o Ocidente, e nos EUA, em agosto, mais pessoas vacinadas morreram em decorrência da covid do que não vacinadas.
Ao contrário do Ocidente, a China ainda mantém as fronteiras fechadas a visitantes estrangeiros, obrigando que fiquem em quarentena e se submetam a testes de covid. Internamente, cidades inteiras são confinadas quando um novo caso é detectado e testes em massa são exigidos. Segundo dados oficiais do regime comunista chinês, 90% das população está vacinada contra covid.
Segundo a diretora, as grandes manifestações que tomaram o país no início da semana passada “contrariam a narrativa que Xi Jinping gosta de apresentar, de que a China tem um governo muito mais eficiente”.