Rejeitado pelo futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), para ocupar a chefia da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Edmar Camata disse se arrepender de ter declarado apoio à Lava Jato. Camata foi rifado do cargo, depois de petistas descobrirem uma foto dele com o então coordenador da operação, Deltan Dallagnol, além de postagens a favor da prisão de Lula.
Em entrevista ao jornal O Globo, o ex-secretário de transparência do Espírito Santo afirmou que a operação “acabou se perdendo” e que, sabendo dos rumos da Lava Jato, “talvez não faria” as publicações em redes sociais que resultaram no recuo de Dino, menos de 24 horas depois de ter sido indicado para o posto.
“As postagens refletiam a leitura de um momento e penso que muitos brasileiros acreditaram na Lava Lato”, disse Camata, arrependido. “É algo a ser avaliado. Mas, naquele momento, fiz, assim como muitas pessoas que estão no governo fizeram também. Agora, não é mais hora de refletir sobre isso.”
No lugar de Camata, será nomeado Antônio Fernando, atual superintendente da PRF em São Paulo. O homem é admirador do ex-ditador Fidel Castro, conforme fotos dele publicas nas redes sociais. Fernando trabalhou com Flávio Dino, quando o socialista era deputado federal e, posteriormente, governador.