A decisão chegou depois de uma sentença da Suprema Corte do Reino Unido, que considerou os motoristas da plataforma, efetivamente trabalhadores assalariados
A Uber anunciou, nesta terça-feira (1º), que pagará 615 milhões de libras (cerca de US$ 700 milhões) às autoridades fiscais do Reino Unido pelo atraso no pagamento de um imposto vinculado a uma decisão judicial que estabeleceu a existência de relação contratual entre a plataforma e seus motoristas.
Em dezembro de 2021, o Tribunal Superior de Londres determinou que as plataformas de veículos que operavam na capital britânica não eram, como argumentava a Uber, meros “agentes”, mas tinham uma relação contratual direta com os clientes.
A decisão chegou depois de uma sentença da Suprema Corte do Reino Unido que, em fevereiro de 2021, considerou que os motoristas que atuavam nas plataformas eram efetivamente trabalhadores assalariados e não autônomos.
A decisão do Tribunal Superior teve como efeito obrigar os aplicativos de transporte compartilhado a incorporarem o imposto sobre valor agregado (IVA) em suas tarifas.
Depois, as autoridades tributárias do Reino Unido reivindicaram à Uber o pagamento dessa taxa.
Para além dos resultados do terceiro trimestre de 2022, divulgados nesta terça, a Uber indicou que, na segunda-feira, chegou-se a um acordo entre as duas partes, que prevê o pagamento de 615 milhões de libras às autoridades fiscais britânicas antes do fim do ano.
O grupo esclareceu que esse gasto não terá “impacto significativo” em suas contas. “Temos reservas suficientes” relacionadas com esse expediente, afirmou a Uber em um comunicado à imprensa.