Foto: Nelson Jr./SCO/STF.
O Twitter pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes o desbloqueio da conta do economista Marcos Cintra da plataforma.
No pedido, protocolado na quinta-feira 17, a empresa declarou que o bloqueio da conta pode caracterizar “censura prévia”.
“A ordem de bloqueio integral da conta @MarcosCintra”, argumentaram os advogados do Twitter, “acaba por afetar não apenas todo o conteúdo disponível na conta, como também restringe e proíbe a veiculação de conteúdo futuro, seja ele ilícito ou não, podendo caracterizar-se, com o devido respeito, como censura prévia”.
A empresa afirmou ainda que, embora exista risco de repetição da conduta, a solução prevista para combater excessos e ofensas é a remoção específica do conteúdo.
Entenda o caso
Em 6 de novembro, o professor Marcos Cintra (União Brasil) teve o perfil suspenso no Twitter depois de questionar dados dos resultados da eleição presidencial de 2022.
Por meio do Instagram, Marcos Cintra comentou o bloqueio. “Minha conta do Twitter acaba de ser retida no Brasil’, escreveu. “Um cidadão de bem fazendo perguntas sobre dados oficiais. Estou muito triste e preocupado.”
Formado em economia, ele é professor na Fundação Getúlio Vargas — uma das mais renomadas faculdades do Brasil. Conforme exposto no site da instituição, o docente acumula quatro diplomas de nível superior em Harvard: um de bacharel, dois de mestrado e outro de doutorado.
O economista publicou postagens afirmando que os questionamentos sobre os resultados das eleições deste ano deveriam ser respondidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nas mensagens, o economista também destacou que queria “ardentemente acreditar” na existência de uma “explicação convincente”.
Depois de analisar os dados do TSE sobre a disputa deste ano, Cintra diz que não encontrou explicação para o presidente “Jair Bolsonaro ter zero votos em centenas de urnas”. O professor disse ainda que existem “outras centenas, senão milhares de urnas com votações igualmente improváveis”.
Créditos: Revista Oeste.