“Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil” é o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste domingo (13/11). O teste ocorre após duas edições marcadas por crises, recordes de abstenções, problemas de logística e prejuízos na aprendizagem devido à pandemia de Covid-19.
A informação foi divulgada no começo desta tarde, em uma publicação no Twtter, pelo ministro da Educação, Victor Godoy. O tema é o mesmo para a prova impressa e em computador.
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O tema da redação do Enem 2022 é: “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”.#enem2022
Em nota, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo certame, informou que o texto deve ser dissertativo-argumentativo, contendo até 30 linhas. As notas, segundo o instituto, serão atribuídas a partir de cinco competências.
“As redações são avaliadas de acordo com cinco competências. A nota pode chegar a 1.000 pontos. Por outro lado, há critérios que conferem nota zero, como fuga ao tema, extensão total de até sete linhas, trecho deliberadamente desconectado do tema proposto, não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa e desrespeito à seriedade do exame”, pontuou o comunicado.
Os portões foram abertos ao meio-dia, e foram fechados às 13h para o início das provas, 30 minutos depois. O certame durará até às 19h.
De acordo com o Inep, 3.396.632 estudantes estão inscritos no exame – o segundo menor índice em 17 anos. Do total, 3,3 milhões realizarão a versão impressa da prova. As demais 65 mil inscrições correspondem a estudantes que farão o Enem digital.
Desde 2017, o exame é aplicado em dois domingos diferentes – até então, a prova ocorria em apenas um final de semana, aplicada no sábado e no domingo. Neste ano, o segundo teste está previsto para 20/11.
Representatividade
Para Milena dos Passos Lima, coordenadora do Ensino Médio do Sistema Positivo de Ensino, esse é um dos temas que costumam ser abordados em materiais didáticos e nas salas de aula devido à sua importância para a preservação da história e da memória brasileiras.
“Tivemos uma boa surpresa com o tema, porque ele representa muito das nossas raízes. Os conflitos territoriais indígenas estão cada vez mais acirrados e a covid também afetou muitas comunidades indígenas. É um tema muito atual”, ressalta.
Já a assessora de Geografia do Sistema Positivo de Ensino, Rafaela Pacheco Dalbem, o tema deste ano está alinhado com o que costuma ser pedido no exame.
“Se analisarmos a lista de assuntos dos últimos anos, podemos perceber que a maior parte deles está relacionada às Ciências Humanas. Então faz sentido, do ponto de vista da proposta do Enem, falar sobre os povos e comunidades tradicionais do Brasil. Esse é um assunto que diz respeito a todos nós, enquanto nação”, destaca.
Créditos: Metrópoles.