Magistrado deseja descobrir se houve financiamento privado nas obstruções
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se encontrou nesta terça-feira, 8, com os procuradores de Justiça de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo para discutir as investigações dos bloqueios nas rodovias.
Além disso, o magistrado quer saber se houve financiamento privado nas obstruções. A Polícia Federal (PF) investiga se os movimentos que bloquearam as rodovias pelo país foram orquestrados com apoio financeiro.
“A nossa preocupação agora é o fluxo financeiro que está proporcionando e proporcionou bloqueios”, disse o procurador-geral de Justiça de SP, Mario Sarrubbo, em entrevista coletiva depois do término do encontro com Moraes.
A PF informou que faz parte do gabinete de crise criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A organização acompanha as ocorrências nas estradas federais e apoia o trabalho da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para garantir a livre circulação de pessoas e veículos nos locais.
Na segunda-feira 7, o Supremo recebeu um ofício da PRF com informações sobre a atuação da corporação contra os bloqueios, feitos pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). O documento possui informações emitidas pelos policiais até as 12 horas do domingo 6.
Na semana passada, Moraes solicitou as seguintes informações à polícia: número de multas aplicadas, locais, horários e nomes dos responsáveis pelos veículos usados nos bloqueios. O pedido do magistrado dava aos policiais 48 horas para enviarem as determinações, o que não foi cumprido.
Em sua defesa, o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, pediu um prazo maior à Corte Suprema, para atualizar e organizar todos os dados. “Devido à exiguidade do lapso temporal, não houve tempo hábil para organizar as informações numa planilha única”, comunicou Marques.