Centenas de manifestantes contra Lula passaram a madrugada de terça para quarta-feira (2) acampados na praça e no gramado em frente ao Quartel General (QG) do Exército Brasíleiro, que fica no Setor Militar Urbano, no Plano Piloto de Brasília. Os manifestantes pedem um golpe de Estado, por meio de intervenção militar. Eles não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que no domingo (30) obteve 50,90% dos votos válidos contra 49,10% de Jair Bolsonaro (PL).
O presidente falou sobre o resultados das eleições pela primeira vez apenas no fim da tarde de terça. Bolsonaro agradeceu os mais de 58 milhões de votos que recebeu.
O chefe do Planalto justificou que o movimento ao afirmar que é “fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”, respaldando o movimento golpista. Em seguida, disse, porém, que os métodos de seus apoiadores “não podem ser os da esquerda” e nem incluir o cerceamento do direito de ir e vir.
Desde então, manifestantes de todo o país têm convocado militantes para atos em frente a quartéis do Exército com o mesmo intuito, enquanto continuam os bloqueios em rodovias, mesmo após o Supremo Tribunal Federal (STF) mandar as polícias militares agirem, diante da inércia da Polícia Rodoviária Federal, que tem o diretor sob suspeita de conivência com o movimento golpista.