foto: Célio Messias/Uai Foto/Estadão Conteúdo
Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) defendem que o governo tem feito todo o possível, mas não tem ingerência sobre a conduta pessoal e individual de alguns agentes
Contra a acusação de que houve respaldo do governo federal aos protestos em rodovias, ministérios envolvidos no problema passaram a informar que adotaram medidas antes mesmo da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para o desbloqueio das rodovias.
Apesar das cenas de confusão em diversos pontos nas rodovias federais, o ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou, logo cedo nesta terça-feira (1º), em suas redes sociais, que 192 pontos já haviam sido liberados. Também, de acordo com o Ministério da Justiça, Torres teria pedido apoio dos estados, por meio das polícias militares, para atuar nos bloqueios antes da ordem de Moraes.
Fato é que as interdições, em sua maior parte, continuaram. Apesar disso, aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) defendem que o governo tem feito todo o possível, mas não tem ingerência sobre a conduta pessoal e individual de alguns agentes.
Por isso, fontes do governo se irritaram com a decisão do STF que admite a possibilidade de prisão do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. Para essas fontes, a atuação da PRF nas estradas não dependeria de decisão da Suprema Corte.
Por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), o governo havia solicitado na Justiça Federal autorização para que a PRF adotasse medidas necessárias para desobstruir um total de 56 trechos de rodovias interditados em 13 estados, entre eles, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso.
Na prática, contudo, as decisões com base nos pedidos da AGU começaram a chegar somente nesta terça-feira, depois de Moraes já ter emitido decisão, que teve a confirmação do plenário do STF.