Integrantes da ala pragmática da executiva nacional do PT e do Republicanos criticaram a declaração dada pela deputada federal Gleisi Hoffmann de que “dispensava” o perdão de Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus.
Em vídeo divulgado pela internet, Macedo orientou seus fiéis a perdoar Lula e aceitarem a vitória do petista, pois o resultado das eleições foi uma decisão divina. Gleisi, por sua vez, respondeu: “Ele é quem precisa pedir perdão a Deus pelas mentiras que propagou, a indução de milhões de pessoas a acreditarem em barbaridades sobre Lula e sobre o PT.”
As declarações de Gleisi foram bombardeadas nos dois partidos. Integrantes do PT, a pedido de Lula, ensaiavam uma aproximação com Macedo e com o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Apesar de não reconhecer isso publicamente, essa aproximação com os religiosos visava tentar quebrar resistências de alguns integrantes da Frente Parlamentar Evangélica – cuja bancada deve ter em torno de 150 membros em 2023.
O presidente do grupo, o deputado Sostenes Cavalcante, é aliado de Malafaia e fez campanha para Bolsonaro. Mas, desde o início da semana, ele esperava uma manifestação oficial do PL sobre qual rumo adotar. O posicionamento de Malafaia também entra na conta dessa ala da Frente Parlamentar Evangélica.
No caso de Macedo, a aproximação visava trazer o Republicanos para a base petista.
Créditos: O Antagonista.