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Com um gasto público considerado elevado como proporção do PIB (Produto Interno Bruto), o Brasil depende do setor privado para financiar seu déficit, ressalta José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimento.
“O governo brasileiro gasta aproximadamente 40% do PIB todos os anos, e tem um déficit público que precisa ser financiado com aumento de dívida. E o aumento de dívida exige que tenha alguém para financiar. Esse alguém sempre é o setor privado”, disse em entrevista à CNN neste sábado (19).
Nesse cenário, o economista reforça a importância de uma âncora fiscal como o teto para controlar os gastos.
“O teto tem duas vantagens: a de limitar os gastos e a de forçar a sociedade a escolher prioridades. Ou seja, se eu preciso aumentar gastos com saúde, tenho que diminuir com outra coisa”, diz.
O Brasil tem gastos que não deveriam ser considerados prioritários no atual cenário de orçamento apertado, segundo ele. “Exemplo: temos aproximadamente 4% do PIB direcionados a incentivos fiscais para empresas e que muitas vezes são incentivos que existem há décadas, e que não são revisados, simplesmente, porque há um lobby que garante esses incentivos”.
Créditos: CNN Brasil.