Nikolas Ferreira (PL), deputado federal eleito com mais votos no país, teve a conta no Instagram suspensa a pedido do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na madrugada deste sábado (5). Na 6ª feira (4), Nikolas já havia tido seu perfil no Twitter retido por alegação de disseminar notícias falsas contra as urnas eletrônicas.
“Tive minhas redes sociais derrubadas por pedir ao TSE que analisasse denúncias eleitorais. Em nenhum momento afirmei, somente pedi para averiguar”, disse Nikolas em seu canal no Telegram. As decisões sobre a suspensão das contas correm em sigilo.
A postagem foi feita junto a uma foto onde Nikolas aparece com fitas adesivas pretas coladas à sua boca, em protesto à suposta censura da Justiça Eleitoral. “Compartilhe essa informação com essa foto. A verdade prevalecerá”, afirmou.
Na 6ª feira, o deputado eleito postou uma live transmitida pelo consultor político argentino Fernando Cerimedo, responsável pelo portal de notícias La Derecha Diario, onde alega que versões anteriores ao modelo 2020 da urna eletrônica não seriam auditáveis e teriam contabilizado menos votos ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno das eleições.
O relatório de Cerimedo também foi mencionado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Twitter. Fotos nas redes sociais mostram uma proximidade entre o filho mais novo do presidente e o consultor argentino.
Em vídeo postado no YouTube no início da tarde deste sábado (5.nov), Nikolas negou ter espalhado desinformação nas redes e disse apenas ter cobrado respostas da Justiça Eleitoral aos questionamentos levantados pelo consultor político argentino. Ele comparou o processo a uma operação policial.
“Imagina você que pega aí o seu celular e fala: ‘polícia, tô vendo alguma coisa aqui na minha rua meio estranha, não sei o que é, você pode vir aqui averiguar?’ e a polícia falar: ‘que averiguar o que, eu vou é te prender’. Olha que loucura isso”, criticou.
As alegações contra o sistema eleitoral não são verdadeiras. Em maio, a Comissão Avaliadora do TPS (Teste Público de Segurança) emitiu relatório comprovando a segurança e integridade das urnas eletrônicas.
As Forças Armadas e outras 3 entidades fiscalizadoras também assinaram a zerésima dos sistemas de totalização de votos no último domingo (30.out). O documento serve para comprovar que não há nenhum voto computado na máquina antes do início da votação.
Créditos: Poder 360.