Focus também avalia as contínuas quedas no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial.
O Boletim Focus desta segunda-feira (7/11) aumentou em 0,2 ponto percentual a estimativa da inflação para este ano. A previsão saiu de 5,61% para 5,63%, conforme a análise semanal. Na semana anterior, como noticiou o Metrópoles, o Banco Central (BC) havia travado as estimativas em meio à decisão eleitoral do segundo turno.
O relatório ouve semanalmente agentes financeiros e colhe impressões sobre os principais indicadores econômicos.
Agora, com o cenário político definido com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, as atenções do mercado se voltam para a agenda econômica e política fiscal do governo eleito. Além disso, há novas indefinições sobre a composição da Esplanada dos Ministérios, principalmente sobre quem será o titular da Fazenda.
O Focus também avalia as contínuas quedas no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial. Na última divulgação, em (11/10), houve recuo de 0,29% em setembro, sendo o terceiro mês de deflação.
De acordo com o índice, a inflação acumulada no ano é de 4,09% e, nos últimos 12 meses, de 7,17%. A inflação gera impacto no bolso da população. Quanto maior o índice, menor o poder de compra dos brasileiros.
Focus: PIB, dólar e juros
A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) – soma das riquezas produzidas pelo país – de 2022 ficou em 2,76% nesta semana. Em relação a 2023, a previsão subiu, de 0,64% para 0,70%.
O Focus manteve as expectativas de crescimento da economia para o ano de 2024 em 1,80%. Em 2025, também houve a manutenção em 2%.
O mercado ainda espera que a moeda norte-americana fique cotada a R$ 5,20 tanto neste ano quanto no próximo, as mesmas projeções há semanas. A moeda deverá oscilar entre 2024 e 2025, cotada entre R$ 5,10 e 5,18, respectivamente.
Sobre a taxa básica de juros, a previsão é que a Selic se mantenha em 13,75%, atual taxa estipulada pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Os juros devem ser reduzidos em 2024, para 11,25%, e permanecer em ritmo de queda em 2024 (8%) e um leve aumento em 2025, de 7,75% para 8% nesta semana.