O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, quer ouvir o ministro da Justiça, Anderson Torres, e o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Macedo, sobre as investigações abertas referentes aos erros dos institutos de pesquisa eleitoral no primeiro turno das eleições.
Anderson Torres e Alexandre Macedo terão três dias para se manifestar sobre a abertura das investigações e a motivação das apurações. Para o corregedor do TSE, há “indícios de desvio de finalidade em tese caracterizado pelo uso de órgãos administrativos para lograr objetivos eleitorais”.
A decisão do corregedor é da noite de ontem, sexta-feira (14), e o prazo passa a ser contado a partir do recebimento da intimação.
O R7 tenta contato com o Ministério da Justiça e com o Cade. O espaço está aberto para manifestações.
Na última quinta-feira (13), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, tornou sem efeito inquéritos abertos sobre supostas irregularidades. Para ele, compete à Justiça Eleitoral a fiscalização das entidades de pesquisa e, no caso do Cade e da Polícia Federal, há “incompetência absoluta de seus órgãos prolatores e a ausência de justa causa”.
As empresas responsáveis pelos levantamentos tornaram-se alvo de críticas após divergências entre as estimativas e os resultados das urnas, e o Cade e a PF, que é comandada pelo Ministério da Justiça, abriram investigações separadas para apurar as supostas irregularidades.
Ao saber da decisão de Moraes, na última semana, o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), voltou a criticar o presidente do TSE por ter tornado sem efeito os inquéritos abertos sobre supostas irregularidades dos institutos de pesquisa eleitoral.
“O que ele fez? Não pode investigar. Os institutos vão continuar mentindo. E, nessas mentiras, quantos votos se arrastam para o outro lado? Geralmente vota em quem está ganhando. Dois, três milhões de votos. Parabéns, Alexandre de Moraes”, afirmou Bolsonaro durante entrevista a youtubers de clubes de futebol.
Créditos: Portal R7.