Ministra Maria Claudia Bucchianeri apontou que o caso caracteriza “desinformação circular”, já checada e desmentida
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que Pablo Marçal apague uma publicação falsa sobre uma suposta distribuição de “kit gay” pelo Ministério da Educação durante o governo do PT. A decisão desta quarta-feira (5) é da ministra Maria Claudia Bucchianeri, e o conteúdo já foi tirado do ar.
O coach Pablo Marçal compartilhou no Instagram um vídeo no qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) diz que as escolas teriam distribuído uma “cartilha que ensinaria as crianças a praticarem sexo” durante o governo PT. O chamado “kit gay” foi muito debatido nas eleições de 2018 e já foi desmentido.
O caso foi levado ao TSE pela coligação Brasil da Esperança, que apoia a candidatura do ex-presidente Lula (PT) à Presidência.
Ao analisar o caso, a ministra afirmou que se trata de “desinformação circular”. “O caso é de reiteração na divulgação de conteúdo expressa e judicialmente já reconhecido como desinformativo e ofensivo por esta Casa [TSE] tanto no pleito de 2018, como nas presentes eleições, o que impõe sua imediata remoção”, afirmou.
A ministra apontou que não é a primeira vez que Marçal compartilha esse tipo de conteúdo e fixou multa diária de R$ 10 mil, caso o material seja publicado novamente.
“Marçal evidentemente tentou atingir a integridade do processo eleitoral, manipulando a opinião pública com fatos sabidamente inverídicos. A indisfarçável estratégia de desinformação teve um alcance de centenas de milhares de pessoas diretamente e de milhões indiretamente – por meio dos compartilhamentos e interações com o conteúdo”, afirmam os advogados Eugênio Aragão e Cristiano Zanin Martins, que representam a coligação.