O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu nesta segunda-feira, 24, a entrega ao Tribunal de Contas da União (TCU) dos 4.161 Boletins de Urna (BUs) do primeiro turno das Eleições Gerais de 2022, que serão auditados pelo órgão. Essa é uma das etapas da auditoria do TCU sobre o pleito.
Segundo Carlos Ramon, coordenador de Auditoria de Governança e Gestão de Aquisições do TSE, essa auditoria tem como intuito desmentir algumas notícias falsas que circulam em períodos eleitorais. De acordo com ele, há um boato sobre a existência de algoritmos que, de dentro da Justiça Eleitoral, supostamente interferem e alteram os dados das urnas eletrônicas no momento da totalização dos votos.
A proposta é fazer uma comparação entre os BUs que são emitidos pelas urnas eletrônicas ao fim do dia de votação e contêm a apuração dos votos com a totalização feita pelo TSE.
No TCU, os BUs físicos são transformados em dados lógicos, por meio de uma aplicação desenvolvida pelos auditores. Essa mesma aplicação faz o batimento desse dado lógico do BU físico com a totalização feita pelo TSE no primeiro turno.
“São muitos dados que eles esperam coletar, bater e demonstrar que os resultados emitidos às 5 da tarde nas seções eleitorais são os mesmos dos totalizados às 8 e pouco nos painéis da Justiça Eleitoral e da imprensa de modo geral”, explica Carlos Ramon.